Resenha Dogmatismo e razão em Habemas
A relação entre teoria e práxis se altera no século XVIII com os avanços do capitalismo e das revoluções indústrias, a teoria que era pensada para uma pratica racional no sentindo de libertação do homem, agora e feita e pensada como meio para um fim.
No século XVIII, essa dimensão de uma práxis de vida orientada em termos teóricos foi ampliada. Desde então, a teoria direcionada para a práxis e que também nesta se comprovava não abrange mais as ações e instituições naturais, verazes e autênticas de uma espécie humana que é constante segundo sua essência, pois agora teoria tem a ver antes com um contexto objetivo de desenvolvimento de uma espécie, o homem, que produz a si mesma para a realização de sua essência, a humanidade. (HABERMAS, 2013, P.467) Essa nova forma de conceber o saber cientifico é para Habermas uma via que aprisiona os homens e os fazem reprodutores de ideologias, isto é, de dogmatismos. Para o autor a principal causa dessa alteração estaria na nova forma de pensamento que surge no século XVIII, o positivismo, corrente de pensamento originada por Auguste Comte que defende que o único conhecimento verdadeiro é o conhecimento cientifico. Essas ciências positivas se convertem em forças produtivas do desenvolvimento social.
À medida que ocorre a cientificização de nossa civilização, fecha-se a dimensão em que antes a teoria se direcionava para a práxis. As leis de autorreprodução exigem que uma sociedade industrialmente avançada sobreviva na escala ascendente de uma disposição técnica cada vez mais ampla sobra a natureza e de uma administração dos homens e de suas relações recíprocas continuamente mais refinada do ponto de vista da organização social. Nesse sistema, ciência, técnica, indústria e administração se unem em um processo circular. (HABERMAS, 2013,