RESENHA DO TEXTO: O NORDESTE AÇUCAREIRO

RESENHA: DO TEXTO - NORDESTE AÇUCAREIRO FERLINY, Vera Lúcia Amaral. A civilização do açúcar. 11. ed., 1ª. reimp. São Paulo: Brasiliense, 1998. 100 p. (coleção tudo é história)

POR: MARIA DO SOCORRO M. DA ROCHA GOMES

A obra de Vera Lúcia Amaral Ferliny “a civilização do açúcar”, faz parte de uma coletânea de livros, nos quais os principais objetivos é destacar a importância que o cultivo da cana-de-açúcar representou para o Brasil em seus primeiros anos de história. Como se desenvolveu essa sociedade e como veio forma traços permanentes na mesma. Como a própria autora expõe na introdução, é “impossível entender o Brasil sem mergulharmos em nossa história, buscando no período colonial a gênese dessas estruturas, as motivações que nortearam nossa formação...” (p. 07), isto é, “A sociedade nascida no nordeste açucareiro transcendeu sua finalidade puramente mercantil e constituiu-se, com seus próprios valores, na “civilização do açúcar”. (p. 09). Tarefa que se cumpre em cinco capítulos, com uma temática bastante especificada já que é possível notar, claramente, as idéias da autora na construção do “mundo" ao redor do engenho. É a partir deste mundo que se inicia a explicação da escravidão africana.
De modo que é um texto bastante curto, escrito em 100 páginas, dividido em cinco partes como já foi pontuado anteriormente. Sendo a primeira parte intitulada de “Açúcar e Colonização”, a autora introduz o leitor na discussão ideológica existente até hoje sobre a o porquê da colonização, e como ela foi construída? Na segunda parte a autora limita-se dentro dessa mesma problemática, que é discutir as relações sócio-econômicas da colônia e o centro produtivo do açúcar “o engenho”, na qual a autora se refere como sendo "O coração da produção colonial" (p. 30), intitulado de “a agroindústria do açúcar”; enquanto que na terceira parte a autora se debruçará sobre a questão dos trabalhadores do açúcar, isto é, da maneira como eles são tratados; já na penúltima parte a autora