Resenha do texto:do fetichismo da organização e da tecnologia ao mimetismo tecnológico: os labirintos das fabricas recuperadas.

FARIA, Maurício de Sardá; DAGNINO, Renato e NOVAES, Henrique Tahan. Do fetichismo da organização e da tecnologia ao mimetismo tecnológico: os labirintos das fabricas recuperadas. Rev. Katál. Florianópolis v.11 p.123-131 jan./jun.2008.

Rayzele de Souza Chaves

O texto “Do fetichismo da organização e da tecnologia ao mimetismo tecnológico: os labirintos das fabricas recuperadas”. Faz uma analise a respeito das diferentes formas de controle que o trabalhador em quanto tal exerce sobre as condições e as relações de trabalho, e em que esse controle contribui para a autonomização das práticas coletivas de organização da classe.
Ao iniciar o texto os autores fazem um breve histórico sobre as lutas de classe pela autonomia, em que e possível se observar dois momentos distintos de tais lutas, o primeiro momento se dá no séc. 19 em que associações e cooperativas se desenvolviam como forma de resistência ao sistema capitalista, essas associações e cooperativas substituíram a competição entre os trabalhadores pela solidariedade e o processo fragmentado de produção pelo coletivismo apontando desta maneira um processo de auto-organização dos mesmos, a partir de então os trabalhadores compreenderam que a autogestão de suas lutas esta intrinsicamente ligada a autogestão da produção e como tal de sua vida social tendo assim como base pedagógica a dimensão organizativa, que consiste em unificar os trabalhadores para superar a exploração efetivada pelo capital e até mesmo romper com o próprio assalariamento.
A partir de então essa ideia de autogestão passou a fazer parte das luta de classes pela autonomia, pois tentavam romper com as bases que fundamentam as relações sociais capitalistas. Porém a auto-organização dos trabalhadores segundo o viés do associativismo perdeu terreno ao se rivaliza com a ideia de organização da classe operaria por conquista de poder politico.
No século 20 o associativismo de base operaria enfrenta dificuldades no que se refere à expansão de