Resenha do texto de Silvia Duarte e Hélio Rainho: Instituto de Cultura e Cidadania Primeiro Passo: de Movimento Cultural a Movimento Social
671 palavras
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Universidade Federal FluminenseFaculdade de Direito
Disciplina: Teoria Geral do Estado
Resenha do texto de Silvia Duarte e Hélio Rainho: Instituto de Cultura e Cidadania Primeiro Passo: de Movimento Cultural a Movimento Social
Os autores Silvia Valeria Borges Duarte - mestrando do Programa de Pós Graduação em Sociologia e Direito da Universidade Federal Fluminense - e Hélio Ricardo Rainho - jornalista, ator e pesquisador – realizaram uma análise do desenvolvimento do Instituto de Cultura e Cidadania Primeiro Passo (ICCPP). Buscaram explicar como esse movimento, que surgiu para perpetuar as raízes do samba de Madureira, se tornou um grande projeto de aprendizado político e social. Para isso, fizeram uma analogia entre os desafios e objetivos de frequentadores e idealizadores do projeto, e as manifestações de Junho de 2013, no país.
Esses protestos foram caracterizados pela diversidade de categorias sociais e pautas de lutas, sendo que se destacaram o caráter apartidário e a depreciação das instituições públicas. Isso criou a possibilidade de surgir procedimentos democráticos alternativos, com maior participação popular, de acordo com Giddens, mas isso exigiria uma “vigorosa cultura cívica”. Entretanto, o Estado, não oferece oportunidades eficientes para essa formação política, ficando a cargo de projetos, como o ICCPP, realizarem esse trabalho.
Dessa maneira, o Instituto fundado em 2001, pelo casal Valci Pelé e Nilce Fran, coordenadores da ala de Passista da G.R.E.S Portela, com o intuito de estimular a dança do samba característica da região de Madureira. No entanto, as aulas do ICCPP estavam fundamentadas na tradição daquele lugar, o que guiou a formação de uma identidade local. Essa uniformidade permitiu o fortalecimento das lutas e reivindicações da população, uma vez que houve maior adesão desta; como afirma Guimarães, o desenvolvimento das forças sociais levará à construção da cidadania.
A identidade do sambista, nesse projeto, não está ligada