Resenha do livro escrituta

RESENHA
QUEIRÓS, Bartolomeu Campos. Escritura. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1997. 32 p.
Bartolomeu Campos de Queirós, nascido no interior de Minas Gerais em 1944, passou sua infância na cidade de Papagaios. Foi formado em educação e artes e trabalhou em diversos projetos de incentivo à leitura patrocinados pela Biblioteca Nacional e pelo Governo de Minas Gerais. Estreou na literatura em 1974 com a obra O peixe e o pássaro e se dedicou principalmente à literatura infanto-juvenil. Faleceu em Belo Horizonte no dia 16 de janeiro de 2012, deixando mais de 40 obras publicadas, entre as quais destacam-se: Mais com mais dá menos, Indez, Por parte de pai, De não em não, Escritura e outras.
O texto Escritura reconta de forma poética a história da anunciação e do nascimento de Jesus. O autor se mantem fiel à história bíblica, mas enche de significados e leveza cada acontecimento. Ele inicia sua narração fazendo breve menção à origem das coisas, relatando a história da criação e destacando algumas coisas criadas, entre elas o homem e a mulher, aos quais Deus criou à sua imagem e “os abençoou para que fossem fecundos, se multiplicassem, enchessem e submetessem a terra” (Gn 1, 28). Em toda a obra, Bartolomeu trabalha com os sentidos e a imaginação e, com o uso de alegorias e figuras de estilo como a personificação “as resinas escorregavam das achas, cantando aromas” (p. 11), “uma semente grávida” (p. 11) e metáforas “deitar amor por sobre as pedras” (p. 9), “e as raízes confidenciavam notícias às pedras [...]” (p. 27), o que leva o leitor a pensar a história e as cenas descritas não somente da forma como aconteceram, mas a perceber a grandiosidade e a beleza que se manifesta no mistério que ele descreve, o nascimento de Jesus.
Destacando a criação do homem e da mulher, Bartolomeu apresenta as figuras de Maria e José, com os quais Deus quis contar para colaborar no projeto da salvação da humanidade. Usando de elementos fantasiosos, o autor descreve Maria com muita