Resenha do filme carlota joaquina
Allan Christyan Sousa de Almeida1
Denotarei neste trabalho uma síntese crítica do filme de Carla Camurati, o qual fala do período em que a coroa portuguesa esteve no Brasil. A obra, baseada em textos históricos, procura desmistificar os personagens históricos, tidos, muitas vezes como seres superiores. Tomaremos para uma análise mais profunda, a protagonista Carlota Joaquina (Marieta Severo) e o príncipe regente D. João (Marcos Nanini).
A história começa sendo narrada estranhamente por um escocês para uma menina de dez anos, ao encontrar uma garrafa na praia contendo um papel com um trecho do livro de Salvador Dali, contando histórias de como seria o Brasil e as terras tropicais. Apresenta então a astuciosa infanta filha do rei Carlos I da Espanha que, com dez anos já fora arranjada para um casamento com o príncipe infante D. João. É notado também que o filme procura mostrar as dádivas da garota (beleza, inteligência e educação). É notado então um costume da época, em que as crianças eram vistas apenas como miniaturas dos adultos.
Ao conhecer o príncipe, Carlota se decepciona, pois ele não era nada daquilo que ela esperava, e pede, inutilmente, para ir pra casa. Isso é justamente a causa de uma das cenas mais engraçadas do filme, onde ela, na sua personalidade infantil, morde a orelha do esposo na noite de núpcias e ameaça matá-lo. Passa-se o tempo. D. José, irmão de D. João, herdeiro do trono morre e, com a loucura de sua mãe, o príncipe assume a regência do trono de Portugal.
Carlota mostra-se ninfomaníaca, tendo vários filhos, alguns com o príncipe regente, outros com outros homens. O enredo também mostra, embora que de maneira exagerada, os maiores defeitos do regente (gula, preguiça, comodismo e pouco conhecimento político) e mostra também que ele aceita as traições da esposa – isso explicita que naquela época a família era uma instituição simbólica. Com a proclamação de