RESENHA DO EXPLORADORES DE CAVERNA

FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de caverna. Tradução brasileira de Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre: Fabris, 1976.

O caso dos exploradores de caverna é um livro desenvolvido pelo escritor estadunidense Lon L. Fuller por volta dos anos 40. Neste livro é abordada a história de 5 espeleólogos que ficaram presos em uma caverna por mais de 30 dias e para não morrerem de inanição mataram um de seus companheiros para se alimentar da carne dele. Após saírem da caverna foram levados a julgamento e a primeira instância decidiu pela condenação de morte à forca para os 4 homens, no entanto, estes recorreram a decisão e o livro exporá exatamente os votos dos juízes e suas diversas argumentações.
O primeiro a declarar sobre o caso é o Presidente da Suprema Corte de Newgarth, C. J. Truepenny. Ele explica a entrada dos explorados na caverna, o desmoronamento que os prendeu, o contato feito entre estes e os que tentavam desobstruir a saída, a proposta feita por Whetmore, um dos exploradores, para que, num sorteio, fosse escolhido alguém que seria morto e servido de alimento para a sobrevivência dos outros, o sorteio em que Whetmore perdeu e consequentemente foi assassinado para que a prática antropofágica acontecesse, a saída dos 4 exploradores ainda vivos e a decisão tomada na primeira instância.
É interessante ressaltar que Whetmore foi o primeiro a propor o sorteio que determinaria quem serviria de alimento; no momento do sorteio desistiu do acordo, deixando os outros enraivecidos. Um dos acusados lançou o dado em seu lugar e Whetmore, declarando que não tinha objeção a fazer, foi o perdedor.
No julgamento feito após os acusados saírem do hospital os jurados se desviaram da decisão e pediram que o juiz decretasse a culpa ou não dos réus. Tendo o juiz decidido pela culpabilidade dos réus e a pena de morte à forca os membros do júri e próprio juiz emitiram uma petição ao chefe do Poder Executivo pedindo pela comutação da pena.
O dispositivo legal analisado