RESENHA: Discutindo a política de atenção à saúde da mulher no contexto da promoção da saúde
Segundo Freitas et.al. (2009) no início do século XX e até meados da década de 70, a mulher era assistida de forma restrita, reducionista e fragmentada, com ações voltadas ao ciclo gravídico-puerperal. Portanto o movimento feminista iniciou várias reivindicações com o objetivo de incorporar às políticas de saúde da mulher questões como: trabalho, desigualdade, sexualidade, anticoncepção e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Na década de 70, foi então lançado o Programa de Saúde Materno-Infantil. Em 1983, foi lançado o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) sendo que o Movimento da Reforma Sanitária, influenciou a implementação do PAISM. De 1998 a 2002 as políticas públicas continuaram a ter ênfase na resolução de problemas de ordem reprodutiva, mas houve a incorporação do tema redução da violência sexual. Por fim em 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher – Princípios e Diretrizes (PNAISM).
Foi estabelecido o conceito de Promoção da Saúde em 1986 durante a Conferência de Ottawa, “como sendo o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo” (FREITAS, et.al., 2009, p.2). Essa política foi formulada através da avaliação das políticas anteriores, ela buscou preencher os espaços deixados, como:
[...]climatério/menopausa; queixas ginecológicas; infertilidade e reprodução assistida; saúde da mulher na adolescência; doenças crônico-degenerativas; saúde ocupacional; saúde mental; doenças infecto-contagiosas, bem como, a atenção às mulheres rurais, com deficiência, negras, indígenas, presidiárias e lésbicas (FREITAS, et.al., 2009, p.3).
Houve