Resenha de Subculturas ou Neo-Tribos? Bennett
NÚCLEO DE PÓS – GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ANTROPOLOGIA
Tópicos Especiais em Antropologia – Os Estudos Culturais e o percurso de Stuart Hall
Prof. Dr. Frank Nilton Marcon
Renata de Mello Cerqueira Pereira
BENNETT, Andy. Subcultures or Neo-Tribes? Rethinking the Relationship between Youth, Style an Musical Taste. Sociology 1999 33: 599. (British Sociological Association).
Subculturas ou neo-tribos? Repensando a
Relação entre juventude, estilo e gosto musical.
Durante os anos 1970 e início de 1980, explicações sociológicas da relação entre os jovens, estilo e bom gosto musical se baseou fortemente em cima da teoria subcultural desenvolvida pelo Centro de Estudos Culturais Contemporâneos de Birmingham (CCCS). De fato, tal é a variedade de perspectivas analíticas em subcultura que esse conceito já é usado como uma base teórica, e vem tornando-se mais do que um termo conveniente para qualquer aspecto da vida social, em que os jovens, o estilo e música se cruzam. Neste artigo o autor examina alguns dos problemas que podem ser identificados com o conceito de 'subcultura' e argumentam que uma estrutura teórica alternativa precisa ser desenvolvida, para permitir as sensibilidades plurais e mutáveis de estilo que cada vez mais caracteriza a "cultura" jovem no pós-Segunda Guerra Mundial.
Inspirando-se (1996) no conceito de ‘tribus’ (tribos) de Maffesoli, argumenta que esses grupos que tradicionalmente têm sido teorizados como subculturas coerentes é mais bem compreendido como uma série de encontros temporais caracterizado por fronteiras fluidas e associações flutuantes. Esse argumento será suportado com evidência empírica traçada a partir de um estudo etnográfico da cena da ‘dance music’ em Newcastle upon Tyne, no nordeste da Inglaterra. O termo ‘dance music’ se refere às formas contemporâneas de DJ (disc-jockey) música orientada, como house e techno que desde o final de 1980 ampliaram o domínio da cultura ‘dance music’