Resenha de Historia
ARCARY, Valério. Um reformismo quase sem reformas – Uma crítica marxista do governo Lula em defesa da Revolução Brasileira. São Paulo: Editora Instituto José Luís e Rosa Sundermann, 2011¹.
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Antônia Cláudia de Carvalho Rocha²
O texto aqui resenhado trata-se de um capítulo intitulado “Menos reformas e mais revoluções” que está inserido no livro “Um reformismo quase sem reformas – Uma crítica marxista do governo Lula em defesa da Revolução Brasileira”, de Valério Arcary. No início do capítulo, o autor destaca as reformas empreendidas no Brasil, principalmente entre os anos de 2004 e 2008, pelo presidente Lula que deixou de lado o ideal revolucionário propagado outrora pelo PT e outros partidos de ideologia socialista.
Porém, o autor ressalta que a partir da eclosão da crise mundial de 2008 e os acontecimentos que seguem até 2011, as reformas foram reduzidas no Brasil e abriu-se uma perspectiva mundial de revolução. Nesse sentido, o autor se apoia na crise do capitalismo para legitimar a discussão sobre o socialismo e o debate sobre revolução.
Entretanto, na perspectiva de Arcary (2011) apesar da redução de reformas, colocar-se contra elas contraria a opinião dominante sobre a epóca histórica em que vivemos, pois “a ilusão de reformas ainda permanece o mantra dominante de esquerda brasileira e mundial” (p.143). No decorrer da leitura do texto, percebe-se que há um debate histórico sobre o esgotamento ou não das reformas, onde o autor discute o significado de epóca histórica, contextualizando diversos acontecimentos históricos que segundo ele, apesar de terem mudado a configuração do sistema internacional dos Estados não merecem ser interpretados como uma mudança de epóca histórica.
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