Resenha críticas O quinze
ANÁLISE LITERÁRIA – O QUINZE
27 de março de 2014
Valente - BA
BIOGRAFIA DA AUTORA
Descendendo pelo lado materno da estirpe dos Alencar, parente, portanto do autor ilustre de O Guarani, e pelo lado paterno dos Queiroz, família de raízes profundamente lançadas no Quixadá e em Beberibe, nasceu Rachel de Queiroz em Fortaleza, Ceará, a 17 de novembro de 1910. Em 1917, vai com os pais para o Rio de Janeiro, procurando a família, nessa migração, esquecer os horrores da terrível seca de 1915, que mais tarde a romancista iria aproveitar como tema de O Quinze. No Rio, a família Queiroz pouco se demorou, viajando logo para Belém do Pará, onde residiram dois anos. Em 1919, voltou a Fortaleza, matriculando-se R. Q., em 1921, no Colégio da Imaculada Conceição, dirigido por irmãs de caridade, onde fez curso normal, diplomando-se em 1925, aos 15 anos de idade.
Em 1927, atraída pelo jornalismo, principia a colaborar no jornal O Ceara, de que se torna afinal redatora afetiva. Em fins de 1930, estreia com o romance O Quinze, com inesperada e funda repercussão no Rio e em São Paulo. Com vinte anos de idade apenas, uma quase desconhecida escritora provinciana, projeta-se na vida literária do país, agitando a bandeira do romance de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca. Aparecendo quase três anos após a publicação de A Bagaceira (1928) – romance que “abriu nova fase na história literária do Brasil”, segundo a observação de Otto Maria Carpeaux - , O Quinze antecipa-se ao fecundo e importante ciclo do romance nordestino: “o grande êxito do livro firmou o novo gênero”, como nota ainda o emitente crítico. Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ingressar na “Academia Brasileira de Letras”. Publicou 23 livros individuais e quatro em parceria. Sua vasta e preciosa obra está traduzida e publicada em francês, inglês, alemão e japonês. Além disso, traduziu 45 obras para o português, sendo