Resenha crítica
O filme retrata a disputa de duas irmãs (Ana e Maria Bolena), completamente diferentes, que levam o rei da Inglaterra (Henrique VIII) a loucura e insanidade o fazendo experimentar sentimentos que vai do amor ao ódio. Mostra claramente a inversão de valores, manipulação, a cobiça pela luxuria, glamour e poder, o exemplo é o pai que oferece sua própria filha para se deitar com o Rei, no intuito de obter uma vida melhor, e essa ganância leva-o a destruir todos os seus conceitos e também seus filhos.
O rei era casado com Catarina de Aragão, na época a mulher tinha acabado de perder o filho que tinha gerado e Henrique se viu frustrado por não ter ainda um filho homem para ser seu herdeiro ao trono. O rei era muito galanteador e se envolvia com muitas mulheres, e foi assim que um de seus súditos sugeriu ao pai das irmãs Bolena para que apresentassem uma das filhas a Henrique, a fim de que a família experimentassem uma nova vida junto a realeza. De início quem iria ser apresentada seria Ana Bolena, mas o rei se interessou por Maria Bolena (Scarlet Johanson), a mais jovem. Com o envolvimento dos dois, uma rede de intrigas começam a envolver as irmãs a fim de despertar a atenção e a paixão do rei.
A outra é um bom filme porque apresenta para nós visivelmente as diferenças sociais, e principalmente o machismo, o etnocentrismo, a hierarquia de poder, a marginalização do outro entre outros. O filme retrata um aspecto da história da Inglaterra que poucos conhecem; uma época em que somente a voz do rei era ouvida, era uma questão de estado, ele manipula a corte, e era quem dominava na época, e a maioria “os plebeus” eram excluídos e marginalizados. Reforça o perigo de viver nesta sociedade não humanista, o filme tem um discurso negativo, mostra uma realidade inversa da que vivemos, embora ainda tenhamos resquícios de pessoas machistas e preconceituosa, não é mais tão gritante.
A disputa pelo poder é muito visível, a Natalie Portman