Resenha Crítica
José Gabriel Fontes1
De inicio, o autor propõe uma abordagem de um ângulo diferente, como definir a linguagem literária. Aliás, há um passeio de conceitos sobre o que é literatura com alguns argumentos sólidos e com certa ironia. Eagleton não demonstra interesse em se definir de maneira clara o que é literatura: ao contrário, segue por um conjunto de conceituações, que são fragilizadas ou até mesmo totalmente anuladas por um conjunto de argumentos sólidos e um fino espírito crítico com toques de sarcasmo. A forma de como o texto é escrito, é surreal, da incoerência, cheio de fantasias e dotados de imaginação. Tal conclusão é somente explícita nos dias atuais, tendo em vista, nos séculos anteriores, ambos caminhavam paralelamente, o real e o imaginário. E por muitas vezes se misturavam, ou seja, nunca foi muito clara essa distinção e por mais que a queiramos fazê-la ela simplesmente nem era aplicada nesses tempos. Um conjunto de críticos russos tenta aplicar a linguística para os estudos da literatura, os formalistas. E os artifícios eram vários; som, imagem, ritmo, sintaxe, métrica, rima, narrativa, tudo como critérios se esquecendo do conteúdo, do seu elemento primordial. Sobre esses critérios a linguagem era condensada, torcida, reduzida, intensificada se tornando estranha em um indivíduo. Outra forma de raciocinar, é que a literatura reside na definição que ela é um discurso não prático, ou seja, não oferece ao leitor uma finalidade pragmática, é uma leitura de prazer e deleite, a definição de literatura fica dependendo da maneira pela qual alguém resolver ler, e não da natureza daquilo que é lido. Um segundo fator pode ser visto o caráter de transitoriedade da alcunha de literário, onde o título é um capricho. O mais importante afinal é o texto. Na verdade, o que devemos pensar sobre o que é