Resenha crítica sobre o texto : génesis y evolución del análisis científico : filosofía y metodología de las ciencias sociales, 2006.
818 palavras
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A partir das teorias racionalistas, a razão é posta ao caráter de postulado como algo absoluto. Coloca-se ser e pensamento em xeque ao compará-los como objetivo e subjetivo, crendo na condição de que uma unificação ocorreria quando um se adequasse ao outro e se modificasse, sendo dependentes mas não se sobrepondo. O racionalismo também propunha um retorno ao método dedutivo, indo contra o método generalizador da indução, com o princípio (na minha opinião) não cabível de determinar características gerais a partir do indivíduo. Descartes, que é então mencionado e caracterizado como um racionalista que parte para o que o texto chamou de uma “técnica” mais estruturada e contrária à filosofia tradicional até então hegemônica, é considerado o marco inicial da filosofia moderna. Acreditava na matemática como a única ciência patente de certezas, propondo estender seu “método” de análise-síntese ao restante das ciências. Crendo que o único caminho para a resposta era a dúvida, determinou os três fundamentos da dúvida metódica: a)a tendência ao erro na confiança nos sentidos; b)geometria como resposta para a impossibilidade de se distinguir a vigília do sonho; c)a possibilidade da influência de “espíritos malígnos”, que nos induziriam a crer em nossos sentidos. Chega à conclusão de que não pode duvidar de que duvida, e o real e o intelectual então se unem. Somente o pensar, a consciência do “eu” existe. Não compactua com ideias factícias ou acidentais, mas sim com ideias inatas, semelhantes àquelas que dominavam o mundo dos céus para Platão, a razão pura e independente. Traz à tona o princípio da existência do infinito, da perfeição do pensamento e da crença de que o perfeito não poderia partir de nada menos que do mais-que-perfeito. Só Deus poderia ter criado a ideia de Deus. E Deus jamais permitiria que se salvasse o engano da existência de um mundo, então este também existe, assim como tudo que por Deus é garantido.
A forma como Descartes parece querer fixar a ideia de