Resenha crítica do texto: História e Ética na Conservação e na Restauração de Monumentos Históricos
KÜHL, Beatriz Mugayar. História e ética na conservação e na restauração de monumento históricos. Revista CPC-USP, São Paulo, v. 1, n. 1, p.17-40 nov. 2005 – abr. 2006.
Beatriz Mugayar Kühl arquiteta e professora de história da arquitetura e de teoria da restauração na FAUUSP, depende da historiografia, em especial da historiografia da arte e da arquitetura, como instrumentos essenciais de trabalho. Portanto, a autora aborda no texto temas vinculado à importância da história e da historiografia para quem atua com bens culturais, aliados a busca por evidenciar como isso se relaciona à ética das várias profissões e competências necessárias ao campo de atuação, de modo a conduzir a uma sólida deontologia profissional.
Pelo campo profissional da autora, preservação arquitetônica, no texto foi abordado problemas relacionados a este tema, porém sem dar indevida importância em detrimento da preservação dos bens culturais como um todo e nem, tampouco considerar como algo isolado.
A autora considera antes, que a preservação deva seguir uma unidade de metodologia para todos os tipos de manifestações, variando-se, na prática, os meios postos em ação para intervir. Baseando-se na concepção contemporânea, onde a tutela de bens culturais se volta também para as “modestas” obras que com o tempo assumiram significação cultural, com a utilização do termo monumento histórico, obras vinculadas ao sentido etimológico de monumento e com preceitos interpretados por Riegl, que incorpora a obra como instrumentos de memória coletiva e de valor histórico, que possuem uma configuração, uma conformação, mesmo não sendo “obras de arte”.Nesse sentido, pode-se perceber o avanço que ocorreu nas questões de preservação dos bens culturais como um todo, e não somente aquelas obras consideradas “obras de arte” onde muitas vezes, somente o valor estético prevalecia em detrimento do valor histórico.
No desenvolvimento do