RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO “MIOPIA EM MARKETING” DE THEODORE LEVITT

À primeira vista, este artigo parece tratar-se daqueles textos maçantes que somos obrigados a ler enquanto estudantes. Surpreendentemente, um artigo que possui mais de 70 anos possui idéias atualíssimas – se não eternas – no campo do marketing e da administração de empresas, e que não são vistas, como na miopia.
O autor começa falando dos setores de rápida expansão, que para a maioria, quando vistos de longe assemelham-se a minas de ouro. Porém, o grande erro desses administradores, que se repete ao longo de todo texto, é investir cegamente em seu produto ou serviço, sem pensar no consumidor, ou no panorama das empresas relacionadas à sua atividade. Ele cita casos de fracasso como Hollywood e as railways, e casos de cuidado com o cliente como a Dupont.
No tópico conseguinte fala de obsolência que tanto derrubou empresas, por falta de uma visão globalizada das necessidades do cliente, seu setor e novas tecnologias. O próximo tópico, é com certeza, um dos mais importantes, pois se trata da ilusão que um setor de rápida expansão oferece a seus administradores.
Há crenças de que a população em crescimento terá maior poder aquisitivo, que não existirá um substituto, que a produção em massa em sua máxima eficiência irá diminuir os custos, e que suas pesquisas, até mesmo tendenciosas, confirmam a excelência do produto. Pura tolice, que ocorre quando o marketing e o pensamento racional não se encontram.
Após esses parágrafos, o texto pode parecer repetitivo, dada a exemplificação e reafirmação dos conceitos acima, mas que se fazem necessários, talvez, para o entendimento da importância de estar atento ao consumidor, e não voltado apenas ao produto.
Theodore usa de uma metáfora para se referir ao marketing dessas empresas, e ele o chama de “enteado”: “Reconhece-se que existem, que precisam ser cuidados, mas não que merecem preocupação ou desvelada atenção” Esta falta de pesquisa sobre o consumidor é absolutamente fatal.
E ao finalizar deixa claro a importância de um