Resenha crítica de o paradigma interpretacionista
Os autores buscam, por meio deste artigo, contrapor o funcionalismo com o paradigma interpretacionista e com os críticos pós-modernos no campo dos estudos organizacionais. A fim de esclarecer melhor o tema, dividem-no em: * A compreensão do interpretacionismo em análise organizacional; * Realismo e Idealismo; * Mapeamento de Burrell e Morgan; * Paradigma Interpretacionista; * Etnometodologia e Interacionismo Simbólico; * Pesquisa organizacional interpretacionista no Brasil.
Ao explicarem o Realismo e Idealismo, os autores citam Morrent (1980) levantando a seguinte questão: o que é o que existe? E nos levam a perguntar: o que é uma organização? Apesar de afirmarem que, para alcançar seu objetivo, um estudo deve ter início e término com base em uma pergunta, evidenciando um olhar subjetivista de ambos, Vergara e Caldas definem as Organizações como verbos, e não como substantivos.
No artigo, as organizações são vistas pelos interpretacionistas como processos que surgem das ações intencionais das pessoas, sendo, portanto, subjetivas. Já no funcionalismo, as organizações são consideradas objetos tangíveis, concretos e objetivos. Os autores tomaram como base alguns filósofos como Aristóteles e Kant e sociólogos como Burrell e Morgan para fundamentar o presente estudo.
Com base no texto, embora os autores definam o paradigma interpretacionista como o melhor caminho para definir uma organização, parece ser o funcionalismo a vertente mais convincente para isso. Tratar a organização como algo subjetivo não parece ser a melhor forma para efetuar uma boa gestão. As organizações podem sim serem consideradas frutos do meio que construímos (como esclarece o interpretacionismo), mas, como já dito, nós construímos. Para que pudessem