Resenha crítia : alice no país das maravilhas

O filme Alice nos País das Maravilhas apresenta diversos conceitos da área do conhecimento lógico e, ao mesmo tempo, nega, contradiz, altera ou brinca com eles. Alice passa por uma série de acontecimentos que quebram as regras da lógica aristotélica e mergulham-nos em um mundo de fantasia. Sabemos que Alice vive suas aventuras enquanto sonha e que todos os fatos acontecem num mundo diferente. Assim o filme vai além do real já que a personagem passa por situações de sonho e age entre sua vida normal e os absurdos daquele lugar.
Principio da identidade:
Logo no início um coelho branco passa correndo e falando que está atrasado, enquanto olha as horas em um relógio de bolso. Coelho atrasado, olhando o relógio; trata-se de um acontecimento, para nós, “sem sentido”, mas natural em uma história infantil. Alice, curiosa, segue o coelho e entra em uma toca que a leva a cair numa espécie de túnel, como se Alice estivesse saindo da vida real para entrar em um mundo de fantasia e do sonho. Alice cai numa sala cheia de portas trancadas em que apenas uma pequena poderia ser aberta. Foi então que Alice tomando a bebida de uma garrafa diminuiu-se de tamanho. Estaria aquela garrafa ali antes do desejo de Alice de passar pela porta? Ou teria aparecido mediante sua vontade? A menina percebe então que as regras que conhece não regem os acontecimentos naquele lugar. Mas os princípios da lógica permanecem? Especificamente: como fica, nesta situação, o princípio da identidade? O princípio da identidade pressupõe que algo só pode ser o que é, ou seja, o tamanho é fixo.
Principio do terceiro excluído:
O filme apresenta características do principio do terceiro excluído em várias cenas, uma delas é a cena em que o Valete de Copas é julgado por ter roubado as tortas da Rainha de Copas. O Chapeleiro é chamado para depor quando o Rei pede para que o Chapeleiro tire seu chapéu ele diz que o chapéu não é seu, o Rei logo acredita que ele é roubado, como se não houvesse outra possibilidade e,