Resenha critica: sobre a produção do conhecimento
Partimos do ponto que a produção do conhecimento provém de questões concretas, de níveis de relações sociais, desconsiderando qualquer tipo de naturalização. Entendemos que o homem é o instrumento deste processo de produção, intervindo nas relações com a natureza e com outros homens, a fim de conhecer, ou seja, saber o que deve ou não fazer.
É através do conhecimento gerado de relações concretas, entre homem, natureza e outros homens, que se constrói a consciência. Um conjunto de implicações e conceitos com intuito de significar a realidade em nível de idéias.
Perpassando à produção do conhecimento, a produção da consciência visto que é uma parte especifica da produção real, sempre estará passível de contradições. Podemos demarcar, por exemplo, o conhecimento sensível por três visões. Empiricamente o olho capta o mundo, ou seja, recebe dos objetos externos impressões definidas, atuando apenas como órgão visual. Do ponto de vista do idealismo, é o olho que constrói o objeto externo, de forma consciente, utilizando a racionalidade para definir as formas. Já para o materialismo histórico e dialético, olho é um “olho social”, os objetos são frutos das relações homem com homem.
Para Marx, toda relação do homem com o mundo é uma relação social, não desconsiderando a semelhança dos órgãos enquanto suas formas, porém, entendendo tais relações como uma apropriação do objeto. Visto esta percepção, pode-se entender a beleza enxergada pelos olhos ou um agradável musica aos ouvidos, ou seja, a capacidade de desfrutar ou criar prazeres humanos.
Podemos entender então, a produção do conhecimento como um processo mutuo entre sujeito e objeto, e não uma relação de “dominação”, ou seja, o objeto não é o ponto inicial desse processo, e sim o resultado, desta forma o conhecimento não define o real, ele é fruto da