resenha critica sobre: Behaviorismo e criminologia: controle do comportamento desviante.
Autor: Rodrigo Iennaco. Promotor de Justiça em Minas Gerais. Mestrando em Ciências Penais pela UFMG.
Resumo: O behaviorismo, movimento da psicologia do comportamento influenciada pelo avanço filosófico objetivista e mecanicista, pelo funcionalismo e, sobretudo, pela psicologia animal, surge no início do séc. XX nos Estados Unidos, com a obra de Watson e atinge o ápice na década de 70, sobretudo devido aos estudos de Skinner. A Psicologia, à luz do behaviorismo, é uma ciência do comportamento e se ocupa unicamente de atos observáveis de conduta, que podem ser objetivamente descritos em termos de estímulo e resposta. Aplicado à criminologia, pretende modificar o comportamento criminoso, a partir de esquemas de reforço positivo.
Palavras-chave: Behaviorismo – Criminologia
1. NOTA INTRODUTÓRIA: ANTECEDENTES DO BEHAVIORISMO
Na segunda década do século XX, menos de 40 anos após Wundt ter iniciado formalmente a Psicologia, procedeu-se a notada evolução no modelo científico, sobretudo nos Estados Unidos, passando-se de uma visão Estruturalista para Funcionalista.
Embora a psicologia funcional não fosse totalmente objetiva, representou avanço no sentido da objetividade, enfatizando o comportamento e métodos objetivos em desfavor da introspecção. Os funcionalistas reescreveram as regras da Psicologia, afastando-se gradativamente dos conceitos estabelecidos por Wundt e Titchener. Essa mudança de concepção foi imperceptível na época em que ocorreu. Aos poucos, o valor da introspecção e a existência de elementos mentais foram sendo questionados, defendendo-se a necessidade de a Psicologia manter-se pura.
Neste contexto, em que conviviam ideários Estruturalista e Funcionalista, eclode, em 1913, uma revolução apresentada como reação a ambas Escolas: o Behaviorismo, cujo líder foi o psicólogo americano John Broadus Watson. O Behaviorismo assume, então, papel preponderante na vida cultural e