RESENHA “Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias” Homero Luís Alves de Lima

“Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias”

Homero Luís Alves de Lima, em seu texto “Corpo Cyborg e o dispositivo das novas tecnologias”, discorre sobre um assunto ao mesmo tempo moderno e inovador e ainda sim enraizado a certo estranhamento e até mesmo completo desconhecimento desse distinto modo de vida, ou de viver denominado Cyborg, no português, ciborgue. O autor tem sua tese fundamentada na descrição e esclarecimento sobre mais um fruto da tecnologia, da biônica, da engenharia de tecidos e da biotecnologia. Surge então a concretização do corpo ciborgue, inicialmente como máquinas inteligentes, e mais tarde para auxiliar o homem em tarefas importantes. Hoje, o conceito de ciborgue remete à integração corpo e máquina, seja por necessidades extremas ou pelo desejo de potencializar o corpo de maneira que este deixe de ser obsoleto, dissonante e se torne o corpo perfeito. “Cada vez mais, a tecnologia investe no biológico e a biologia invade o mundo das máquinas.” (LIMA, Homero Luís Alves de, 2009, p. 27). Com esta frase, o autor defende que todos os seres humanos já podem ser considerados ciborgues, pois há uma relação tão profunda entre o homem e as máquinas que já não se sabe quando um começa e outro termina. . Como dito no texto, produtos da nova tecnologia como uma simples vacina, ou um nanorrobô que faz diagnóstico, estão presentes no cotidiano da maioria das pessoas. Se um ciborgue é um homem cuja capacidade foi aumentada pelos avanços tecnológicos, então uma boa parte da humanidade pode ser definida como tal, pois próteses, por exemplo, estão tendo a cada dia menos limites para serem usadas. Também abordada pelo autor, a “antropologia do ciborgue” é a disciplina que estuda a interação entre o ser humano e a tecnologia do ponto de vista antropológico. A disciplina é relativamente nova comparada com o campo da antropologia, mas oferece um novo olhar sobre os avanços tecnológicos e seu efeito sobre a cultura e a sociedade. “Em