Resenha capítulo vi – “filosofia da ciência”
O autor, de forma bem interessante, utiliza uma analogia com as redes e anzóis da pescaria para mostrar que como no ato de pescar, as teorias são como redes, utilizadas para, de certa forma, filtrar e possibilitar a “captura” do objetivo final; mas ressalta também, enfaticamente, a ideia de que, como feito pelos pescadores, a ciência deve variar as armadilhas conforme as hipóteses e/ou necessidades, pois como o próprio autor fala: “Elas são específicas para o bicho a ser pego. Se o bicho é vegetariano, não adianta preparar isca de carne. Se é carnívoro, isca de banana não adianta. (Rubem Alves – Filosofia da Ciência. Pag. 78)”
Posteriormente Rubem, em minha opinião, de maneira bem agressiva e não aberta a discussões, argumenta sobre a diferença entre a ciência natural e a ciência exata, onde tenta mostrar que claramente há uma falha na segunda por sempre se tratar de assuntos estagnados. E por se referirem a objetos sem nenhuma modificação, sempre estará sujeita a mesmice do cotidiano e a invariabilidade. Entretanto, ele tem uma ideia muito simples e compreensível de que apesar das supostas diferenças, ambas estão sempre a procura da aproximação de uma ordem e desejam criar modelos comportamentais, que as possibilitem entender melhor o que procuram.
Para finalizar, ele enfatiza com um texto espetacular que resume basicamente tudo que ele havia tentado falar: as ciências partem da premissa que apenas os métodos são capazes de criarem resultados, mas, ela vai muito além disso, pois tudo que se é conquistado, foi pensado e pressuposto