Resenha capitulo 20 filosofando
Maria Lúcia de Arruda Aranha nasceu em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Formada em filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Lecionou para o Ensino Médio em escolas da rede pública e particular, até se aposentar. Em parceria com Maria Helena Pires Martins, escreveram o livro "Filosofando - introdução à filosofia".
No capítulo vinte do presente livro, aborda-se o seguinte tema: Teorias éticas, na qual mostra que não existe propriamente “a ética”, mas “éticas”, e os filósofos que vieram depois dos gregos da era clássica aproveitaram-se daquelas reflexões, alterando-as conforme a época em que viveram.
A partir da reflexão ética grega destacaram-se dois filósofos, Platão e Aristóteles que ampliaram as áreas de reflexão, abrangendo as questões morais. Outro aspecto importante da filosofia antiga é o viés metafísico, segundo a qual a compreensão do mundo baseia-se na noção de ser, ou seja, na busca de um sentido que nos conduza à essência do ser.
Platão ressalta a convicção de que a virtude identifica-se com a sabedoria e o vício com a ignorância, portanto, para ele só o filósofo atinge o nível mais alto de sabedoria cabe a ele exercer a virtude maior da justiça e, portanto governar. Para Aristóteles tudo o que fazemos visa a alcançar um bem, ou seja, prazer, riqueza, honra e fama não são condições necessárias para nos conduzirem à felicidade, porque só nos tornarão felizes as ações mais próximas daquilo que é essencialmente peculiar ao ser humano, ou seja, o bem é a atividade exercida de acordo com a sua excelência ou virtude. Ter virtudes supõe a coragem de assumir os valores escolhidos e enfrentar os obstáculos que dificultam a ação. Segundo Aristóteles o indivíduo bom é generoso, não pensa apenas para si, nesse sentido a justiça refere-se às relações entre as pessoas e entre os indivíduos e o governo,