Resenha; Bruxaria e História: as práticas mágicas no ocidente cristão. Carlos Roberto Figueiredo Nogueira

NOGUEIRA, Carlos Roberto Figueiredo. Bruxaria e História: as práticas mágicas no ocidente cristão/ Carlos Roberto Figueiredo Nogueira. —Bauru, SP: EDUSC, 2004. 312 p. Il; 21 cm.

A obra “Bruxaria e História: as práticas mágicas no Ocidente cristão”, escrita por Carlos Roberto Figueiredo Nogueira, traz uma abordagem precisa acerca de temas como feitiçaria, magia e demais manifestações e comportamentos que assolavam à idade média européia. Com o advento do cristianismo, as tentativas de controle do Universo e superação da existência material resultam nas práticas mágicas. Além de recolocar em pauta os estudos anteriores sobre o tema abordado, esta obra pretende trazer à luz instituições, crenças e hábitos comuns sobre o viés destas práticas mágicas tratadas em épocas medievais.
A obra divide-se em introdução, com 13 capítulos, e conclusão. Cada capítulo faz uma abordagem precisa de cada momento da obra. No decorrer da obra, é possível perceber um envolvimento muito grande do autor com as peculiaridades existentes nas práticas mágicas. Carlos Roberto Nogueira analisa detalhadamente pontos de grande relevância que nos permite, a cada capítulo lido, entender as manifestações em dimensões distintas. Pontos como: “Em busca dos conceitos: a magia, feitiçaria e bruxaria”, “O racionalismo e o universo mágica”, “Bruxaria e permanência”, “Universo mágico e loucura”, “O medo e a existência mágica”, “Universo mágico e meio social”, “Erotismo, feitiçaria e bruxaria”, “A existência mágica e o inconsciente”, “Magia política e afirmação do mal”, “Imaginário e universo mágico”, “O mago a feiticeira e a bruxa frente aos organismos de repressão”, nos permite entender momentos marcantes deste tema em períodos medievais.
O autor ao organizar os capítulos e dividi-los em tópicos, demonstra uma preocupação no sentido de que o leitor possa fazer uma compreensão acentuada ao passo que ele vai destrinchando cada página do livro. A organização se dá de forma, digamos que, crescente.