Resenha Artigo Memorial de Formação
Guilherme do Val Toledo Prado; Rosaura Soligo
O objetivo deste artigo é reunir algumas contribuições que permitam compreender melhor o memorial de formação como um gênero textual privilegiado para que os educadores enfrentando o desafio de assumir a palavra e tornar públicas as suas opiniões, as suas inquietações, as suas experiências e as suas memória escrevam sobre o processo de formação e a prática profissional.
Até pouco tempo, os textos produzidos pelos educadores correspondiam as exigências da instituição, circulavam nas próprias escolas de origem e ambientes acadêmicos muitas vezes usado como objeto de pesquisa tendo a omissão da autoria.
A perspectiva é a de explicitar alguns conceitos e algumas proposições que possam convencer os educadores que aquilo que fazem oralmente de forma automática a todo instante pode ser o mote de textos escritos da maior importância: o memorial de formação.
A publicação dos textos produzidos pelos que fazem a educação deste pais, narrando suas experiências, revelando suas ideias, refletindo sobre o que fazem é uma conquista de toda a categoria profissional. Quando os educadores tornam públicos os seus textos todos ganhamos.
A narrativa supõe uma seqüência de acontecimentos, é um tipo de discurso que nos presenteia com a possibilidade de dar à luz o nosso desejo de os revelar.
O critério de seleção e sequenciação dos acontecimentos é um privilegio do narrador. As histórias que lemos e ouvimos nos remetem sempre às nossas próprias histórias e às nossas experiências pessoais. Dialogam umas com as outras, se interrelacionam.
Walter Benjamim afirma que quando produzimos histórias, relatamos os fatos, registramos nossas memórias, que o ato de contar uma história faz com que ela seja preservada do esquecimento criando-se a possibilidade de ser contada novamente e de outras maneiras; que o sentido das histórias