Resenha ARQ No BR
Faculdade de Arquitetura
Arquitetura no Brasil
Prof.ª Luisa Duránkl
Resenha
Prólogo da 1ª edição do livro
“Arquitetura Moderna no Brasil”
Henrique Mindlin
Bruno Paz da Costa
Gabriel Costa Warken
Gabriela Andreta Sartori
Porto Alegre, outubro de 2010
O autor inicia o prólogo da primeira edição do livro “Arquitetura Moderna no Brasil” (1956) com a premissa que a história da arquitetura moderna brasileira foi uma idéia que, em poucos anos, alcançou uma maturidade paradoxal, com raízes lançadas em São Paulo e no Rio a partir de um conjunto de obras realizado por um grupo de jovens. Segundo ele, antes disso, o país já havia passado pela fase do ambiente selvagem, as primeiras propriedades rurais, até os primeiros sinais de vida urbana e finalmente as cidades. Havia uma constante mudança de processos construtivos, assim como sociais e históricos, e o que ocorria era a necessidade de adaptação as novas condições do meio e aos novos costumes. O objetivo era acabar com a submissão formal aos colonizadores.
Para o autor, as cidades ainda cresciam desordenadamente e não apresentavam mais do que um esboço de urbanização. Predominava ainda o utilitarismo imposto pelas circunstâncias, porém era nas igrejas que os nativos encontravam um campo de expansão e foi então, na arquitetura religiosa que se viu os primeiros traços arquitetônicos genuínos. O nome destacado dessa época foi a figura do Aleijadinho, que se tornou um gênio misturando as raças da colônia em seu trabalho. Subitamente, em 1808, a Família Real Portuguesa desembarcou no Rio de Janeiro fugindo de Napoleão, o que culminou em uma europeização forçada da capital. Esse movimento estrangeiro, sem raízes no país (inclusive artistas franceses, vindos depois da queda de Napoleão) se tornou um fator de desagregação. A construção se dividiu em dois caminhos: a tradição portuguesa e o refinamento francês. Em 1822 o Brasil foi declarado