Resenha algrebra linear

539 palavras 3 páginas
O Homem Que Calculava conta a história de Hank Tade-Maiá, de Bagdá, e aquele que é o foco principal da história, o prodigioso matemático Beremiz Samir, que vivem dias interessantes quando o Bagdali apresenta o calculista para a alta sociedade árabe, o que eventualmente culmina em um grande desafio de matemática e um romance improvável entre um professor e sua aprendiz. Mas há mais do que isso, pois, a meu ver, a narrativa de O Homem que Calculava é, sinceramente, pobre. Narrativa esta que é bastante episódica. Há encontros do narrador e do calculista com indivíduos que, coincidentemente, têm um problema para ser resolvido. O enigma é complicado – ninguém conseguiu resolvê-lo até então –, há tensão mas a solução elegante e perfeita é prontamente dada por Beremiz e recompensas são distribuídas. Volte ao início e conte outra vez. As reações do narrador chegam a se tornar clichês, e todas as falas são floreadas – o que acredito ser do estilo árabe de contar histórias. Os obstáculos que não podem ser resolvidos com a matemática em geral desaparecem com facilidade, e as habilidades de Beremiz são exageradamente convenientes. Porém... Vejo O Homem Que Calculava não como uma história em si, mas algo como um conto de fadas. Um conto de maometanos, se preferir. A narrativa de contos de fadas em geral têm estruturas simples e variação frugal, mas isso é porque a narrativa é meramente um veículo para a didática. E neste ponto O Homem Que Calculava merece todo o prestígio que tem, porque a sua didática é excepcional – especialmente considerando a época de sua escrita – e existe muito conhecimento boiando pelo mar de palavras da história que o livro encerra.

Problemas de lógica e matemática, história do cálculo, da aritmética e da filosofia, lendas do mundo oriental andam lado a lado em meio a detalhes culturais das regiões islâmicas que – ao menos creio eu – foram extensivamente pesquisados pelo autor. Há muito a ser aprendido e a leitura, se não é um

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