Resenha: AFIGBO,Adiele As Novas estruturas sociais

Resenha: AFIGBO,Adiele As Novas estruturas sociais

Resumo: O autor inicia o texto mostrando como o processo da colonização gerou uma nova cultura em que há uma notável amalgamação entre os sistemas e tradições locais com as dos colonizadores, cada um com sua particularidade, alguns por convenção se adaptam, outros por sobrevivência. Este processo se dá de maneira tão eficiente que para as culturas locais, estas junções não geram paradoxos ou inconsistências, pois há a presença e prática destes dois mundos, em que sob o mesmo teto se encontram ritos pagãos e católicos, como é dado o exemplo do Hibisco e Ogirisi, plantas que representam esta realidade de amalgamação das culturas. Isto também se dá no processo de aceitação dos elementos da modernização, como as instituições e a educação, por exemplo. O autor comenta que no caso da educação, a Igreja teve um papel mais relevante que o próprio colonizador. O problema da aceitação das estruturas de administração indireta, segundo o autor, é que esta acabou por levar a um cerceamento da soberania dos países africanos, que possuem legitimidade, aparentemente, somente entre seus vizinhos, e, para participar do cenário global, é necessário a intervenção através do país que colonizou em primeira instância. Passando esta parte introdutória, o autor cita as principais forças de mudança, e as lista como a conquista e suas implicações políticas, a educação e catequização ocidental, forças econômicas e urbanismo segundo os moldes ocidentais. Estas forças acabaram por remoldar as estruturas sociais e institucionais dos países, muitas vezes impactando tanto o interior como os centros urbanos.
O autor estabelece um diálogo dentro do próprio texto em que ele recorre e retoma elementos já ditos em seções diferentes do texto, por exemplo, ele cita a importância da alfabetização nos países não islamizados(já que o islã torna obrigatório a alfabetização) no processo de catequização, bem como no maior acesso, que antes era restrito,