República velha

Introdução

O ser humano, como bem sabemos, é agente da própria história. Mais que uma espécie animal, o homem é capaz de transformar profundamente sua vida e a história. Suas qualidades fazem da raça humana a única espécie capaz de pensar e principalmente modificar. Assim se dá a história. A história que queremos entreter o leitor é a nação que está sendo construída no Brasil por homens politicamente ativos, formadores de opinião. Mas para essa nação chamada Brasil, um sentimento nacional tem que ecoar para legitimar e garantir aquilo que estava sendo implantada, neste caso, a República no Brasil. O primeiro capítulo deste trabalho será discutido o conceito de nação, que primeiro é formado após o nacionalismo. Primeiramente o sentido da palavra nacionalismo foi buscado no dicionário para assim poder analisar esta ideologia. Lá consta como doutrina política e seu caráter principal é de formar uma nação.1 Ora, sendo esta uma doutrina política, como fazer que este sentimento nacionalista seja funcional para o povo? Nesse contexto, a partir desta doutrina, o período em que a República foi constituída no Brasil, iniciada em 1889, que os ideais de uma nação, formados por correntes que disputavam por um novo regime a ser plantado no país utiliza-se de discursos ideológicos nacionalistas. Os modelos para a nova República tinham inspiração do liberalismo norte-americano, do jacobinismo francês e o positivismo.2 A construção de um novo universo simbólico capaz de conferir legitimidade à nova nação republicana estava na essência dos ideais dos americanos, com sua liberdade de ir e vir, idéia de propriedade, sociedade individualizada, livre de opinião e religião. E é os republicanos do oeste paulista que vencem a disputa de 1894 colocando em prática os projetos. Porém, a influência americana é distorcida em sua aplicação no Brasil, pois a sociedade brasileira é elitista, hierarquizada, pois o Estado estaria sempre acima do cidadão; um Estado sem consulta e acima da vontade