republica velha
A república velha foi marcada por possuir ferramentas de manipulação que garantiam a manutenção dos interesses das elites, como a política dos governadores, o coronelismo e o voto de cabresto. O termo “coronel” surgiu na época da colônia, devido à construção de uma sociedade baseada na atividade agrícola latifundiária.
O coronelismo atuava em uma sociedade em que o campo era palco de grande parte das decisões políticas, fazendo com que os coronéis tivessem muito poder e se utilizassem disso para manter a ordem. Podemos observar essa soberania no poder principalmente no período das eleições, em que quaisquer pessoas que negassem votar no candidato determinado pelo coronel seriam vitimas de violência. Essa manipulação no processo eleitoral ficou conhecida como voto de cabresto e isso ocorria para que um mesmo grupo se mantivesse no poder, sempre aliado aos interessas da elite.
Essa prática foi um marco para a cultura política brasileira da época, entrando em declínio na década de 20 e 30 devido à modernização dos espações urbanos, além da migração para as cidades e do surgimento de novos grupos sociais.
Durante todo esse período é visível a relação existente entre política e religião, como podemos observar em um fato de extrema importância para o entendimento a época que foi a guerra de canudos. A Igreja era aliada aos coronéis, muitas vezes até recebendo patrocínio dos mesmos, como ela começou a perder fiéis para os ideais do líder Antônio Conselheiro, entrou na guerra ao lado dos coronéis.
Essa época foi marcada por corrupção e conflitos, foi proclamada a república, porém alguns hábitos da monarquia se perpetuaram durante um longo período. Os coronéis visavam somente seu lucro pessoal, deixando de lado as necessidades básicas da população e manipulando-a para manter seus grupos aliados no poder e a Igreja se preocupava apenas em arrecadar mais