Representa O
Importante a questão: o que eu sou? Seguramente fora Sócrates, 469 ou 470 à 399 a.C – um fundante marco a dar luz ao que se convenciona conhecer de filosofia, entretanto, não há escritos dele: abstraía, nada concluía. Compreende-se então, afinal, Sócrates, era o quê perguntava destruindo as certezas com bons argumentos. De onde veio tudo isso? De onde viemos nós? Mas a história nos exige rigor. Tal rigor, por exemplo, é o que move Eurípedes ao debate de ideias, investigações, dramas, aflições, representações? O teatro da vida? Já que o mundo, segundo, Schopenhauer, é minha representação, tal proposição, “é uma verdade para todo o ser vivo e pensante, embora só no homem chegue a transformar-se em conhecimento abstrato e refletido”, questiono então todas as doutrinas de ensino fácil, a hábil arte do raciocínio, a maestria que é a poética, a complexidade da história, para enfim, compreender a busca de meu próprio eu, aliás, uma busca que se perdeu na Idade dita moderna, contemporânea? Uma luta constante do homem entre o bem e o mal? É a história um vai-e-vir, tensões construídas de forma dialética, ora argumentando, ora refutando ideias e ideais? Penso ser a representação o mundo das aparências, em tese, o modo como as coisas aparecem aos homens e o modo como estes as percebem a partir de suas sensações, sentidos, desejos. Então, é possível afirmar “tudo que existe, existe para o pensamento, existe em relação a um sujeito que conhece. Desta forma, cada representação é única, singular a cada sujeito que conhece, e não há como dois sujeitos terem uma mesma representação”. Visto dessa forma, cada um percebe o mundo de maneira diferenciada, obviamente, todas as opiniões que surjam daí, indubitavelmente, serão diferenciadas. Portanto, diferentes leituras, diferentes sujeitos, sujeitos distintos,