reportagem
A relação entre o varejo e o segmento bancário está indo além da parceria para assumir feição simbiótica. Além da prestação dos serviços tradicionais, o cardápio oferecido ao varejo, um dos principais clientes do segmento corporativo bancário, vai de soluções de crédito e financiamento a meios de pagamento, passando por ferramentas de apoio à gestão, educação para o empreendedorismo e até mesmo participação nos negócios como correspondente bancário. Já há até quem busque no varejo inspiração maior até para a configuração de agências: no ano passado, o Itaú criou um novo formato para o atendimento de agências localizadas em shopping centers, com horário de atendimento ampliado, nova identidade visual e nova proposta de serviços, com layout diferenciado inspirado no design de uma loja de varejo.
No Bradesco, a rede Bradesco Expresso de correspondentes bancários saltou de 5 mil pontos em 2006 para mais de 43,5 mil unidades no ano passado. São supermercados, farmácias, padarias, locadoras de vídeo e lojas de vestuário, material de construção e armarinhos, entre outros tantos segmentos varejistas, aptos a ajudarem seus clientes a realizarem operações como saque com cartão, solicitação de empréstimo e cartões de crédito, recarga de celular e abertura de contas, com remuneração por transação.
Na ponta menos visível, os bancos suportam o comércio no país com instrumentos tão tradicionais quanto essenciais. O crédito é um deles. Só para dar um exemplo da relevância do varejo neste quesito, na área de Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, aquelas com faturamento de até R$ 25 milhões por ano, o segmento corresponde a 41% da carteira de crédito, algo perto de R$ 41 bilhões em março último.
Capital de giro é o principal destino da carteira MPE (64,4%), com 33,5% direcionados a financiamentos de investimentos e 2%, a comércio exterior. Mas o diretor de Estratégia e Organização do BB, Luis Aniceto Silva Cavicchioli, lembra que o