reportagem
Publicado em outubro 29, 2009 por Redação
Tags: desigualdade, sociedade
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A ralé brasileira - quem é e como vive, Jessé Souza, André Grillo et AL. (colaboradores), Área: Sociologia, Coleção: Humanitas 2009. ISBN: 978-85-7041-787-9
A ralé brasileira – quem é e como vive, Jessé Souza, André Grillo et AL. (colaboradores), Área: Sociologia, Coleção: Humanitas 2009. ISBN: 978-85-7041-787-9
A desigualdade social talvez seja o tema mais recorrente nas conferências, seminários e debates do 33º Encontro Anual da Associação de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), que ocorre em Caxambu (MG).
O assunto, que se desdobra nas diferenças de classe, gênero, cor e idade, é, para alguns cientistas sociais, o principal problema a ser pesquisado na sociedade brasileira.
Essa é a opinião do sociólogo Jessé Souza, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que está lançando, no evento, o livro “A Ralé Brasileira” (Editora UFMG), que organizou com artigos seus e de outros autores. “A ralé é a grande questão esquecida. O Brasil não tem 500 problemas, mas um grande problema, que é essa desigualdade abissal do qual decorre mais de mil problemas”, afirmou.
De acordo com levantamento estatístico contido no livro, um terço dos brasileiros vivem sob condições precárias e excluídos sócio-culturalmente.
Para Jessé, o problema da ralé é “a questão mais importante no Brasil moderno” e está associado a outros problemas como a segurança pública, o trabalho informal, o racismo e o preconceito regional. Apesar da importância social que tem, “a desigualdade não é nem percebida enquanto tal. Nós a naturalizamos”, na avaliação do sociólogo. Ele, no entanto, acredita que esse pensamento não é algo racional, mas tem uma função mais eficiente justamente por ser “pré-reflexivo”.
“As ideias estão dentro da cabeça para justificar nosso