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Morador da Zona Norte, Silva conseguiu driblar os seguranças, e Tiquinho, cujo nome faz jus ao tamanho, chegou a tempo de ser tratado: no dia anterior, uma enorme grade de portão havia despencado sobre o cão. "Valeu a pena o esforço", afirmou Silva.
O hospital público veterinário abriu as portas há um ano sob administração da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (Anclivepa). O local atende em média 120 cães e gatos diariamente - são realizadas cerca de 625 cirurgias e 1 580 por mês. Os recursos são disponibilizados por meio de um convênio firmado com a Prefeitura de São Paulo, que repassa mensalmente 600 000 reais para custear as despesas. Uma segunda unidade deverá ser inaugurada no segundo semestre na Zona Norte da cidade.
Na Zona Leste, a demanda foi tão grande que, três meses depois de funcionamento, uma segunda unidade foi inaugurada a dois quarteirões do primeiro endereço. O hospital conta atualmente com quatro consultórios, uma sala de raio x, uma sala de internação e três centros cirúrgicos.
Fila na madrugada — Na última segunda-feira, dia 10, o site de VEJA acompanhou a rotina do centro veterinário, cujas filas para conseguir uma senha de atendimento começam a se formar na madrugada do dia anterior. Pessoas acompanhadas de seus animais dormiam na calçada para receber um dos 30 passes de acesso, distribuídos às 7 horas.
Uma delas era o motorista de caminhão Antonio César Britto dos Santos, de 45 anos. Ele trazia consigo a sua pastor alemão Sandy, de 6 anos, portadora de um câncer de mama. Os dois chegaram ao hospital por volta das 2h30.
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