Repercussões da obesidade no metabolismo
O tecido adiposo é o principal reservatório energético do organismo, permitindo o estoque do excesso de calorias sob a forma de gordura. Através de enzimas e proteínas reguladoras, os adipócitos são capazes de sintetizar ácidos graxos e armazená-los na forma de Triacilglicerol (TAG) nos momentos de oferta abundante de energia, mobilizando-os em momento de necessidade, em que há déficit calórico. Esses processos são regulados pelos sinais aferentes dos sistemas neurais, hormonais e de nutrientes. Tais processos dependem também das necessidades energéticas de cada indivíduo (Fonseca-Alanizet al, 2006). Os mamíferos possuem dois tipos de tecido adiposo: o branco (TAB) e o marrom (TAM), o primeiro armazena os TAG em uma gota de lipídios que ocupa 80 a 90% do citoplasma e o segundo é especializado na produção de calor (termogênese), participando do controle de temperatura do organismo.
As células do TAM possuem mitocôndrias em grande quantidade, contudo por não apresentarem complexo enzimático que permita a produção de ATP, liberam a energia gerada em forma de calor. Este tecido é praticamente inexistente no adulto e as células são menores que as do tecido branco. O citoplasma é formado por várias gotículas lipídicas de tamanhos diversos. A coloração escurecida característica do tecido e devida à concentração de citocromo oxidase nas mitocôndrias (Fonseca-Alanizet al, 2006).
A obesidade desenvolve-se a partir da hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos, diferentemente do que se pensava antes, nos adultos as células gordurosas continuam a se desenvolver e gerar novas células intensamente (Queiroz et al, 2009) .
2.1 Tecido adiposo branco Suas funções estão relacionadas à proteção mecânica contra choques e traumatismos, facilitar deslizamentos entre vísceras e feixes musculares, contribuir na manutenção da temperatura corporal por estar em abundância na derme, no tecido subcutâneo e ser isolante térmico, além disso, é capaz de