rem kolhas
347 palavras
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rem koolhas procura mostrar uma teoria e uma linguagem próprias para explicar a formação e as transformações das metrópoles modernas. Ele mostra no livro os conceitos de "retícula" e de "congestão urbana", o máximo de racionalismo e adensamento para alcançar "uma liberdade sem precedentes", de fascínio pelo cenário tecnológico e pela busca incessante do prazer, de valorização de uma realidade construída segundo os interesses de incorporadores, visionários, empresários do entretenimento, políticos e arquitetos, são a base para seus argumentos e o visão para aquilo que ele chama de delírio. Na malha urbana, a quadra foi totalmente edificada num arranha-céu, "uma cidade dentro de outra cidade", um gesto megalomaníaco próprio do mundo industrial das primeiras décadas do século XX,ele mostra que naquela epoca era possivel inserir a arquitetura novamente no centro das necessárias transformações sociais do mundo pós-fordista. Mas sua posição era de "avançar", em contraste com retroversão das "vanguardas" arquitetônicas, com a busca da autonomia da disciplina e com o verdadeiro pensamento modernista daqueles anos de difícil decifração, de reordenação produtiva e ideológica.
A originalidade única da arquitetura de Manhattan: sua capacidade de fundir o popular e o metafísico, o comercial e o sublime, o refinado e o primitivo - os quais juntos explicam a antiga capacidade da cidade de seduzir o público de massa
O autor analisa também a relação com a cultura moderna européia da época, relatando as visitas do artista Salvador Dalí e do arquiteto LeCorbusier. A escolha destes personagens é pertinente, pois revela as origens teóricas de sua criativa análise urbana. De um lado, o artista ícone do movimento surrealista europeu como "energia e inspiração" para as associações que combinam razão e fantasia, ciência e brincadeira e que vestem muito bem o paradoxo delirante que para ele é o "manhattanismo". De outro forma Le Corbusier, o pai do urbanismo funcionalista moderno,