Religião e seu valor
Transcendência
A religião pode ser definida como um conjunto de crenças e práticas, relativas a certos sentimentos manifestados perante o divino por uma dada comunidade de crentes, obrigando-os a agir segundo uma lei divina para puderem ser salvos, libertos ou atingirem a perfeição. Cada religião defende um conjunto de valores cuja validade pretende ser universal.
Toda e cada experiência religiosa apresenta-se como uma ligação profunda e envolvente do homem com o sagrado. Sempre que o homem entra em contacto com o sagrado (o divino, o transcendente) estamos perante um tipo particular de experiência religiosa.
Sagrado e Profano
Todas as religiões assentam no pressuposto de que existem duas dimensões do real: a sagrada e a profana.
A sagrada define-se por oposição à profana, e corresponde a uma realidade que é assumida como perfeita, divina e dotada de poderes superiores aos humanos, suscitando no homem respeito, medo e reverência.
A profana identifica-se com o mundo em que vivemos, sendo apontada como banal e vista inferior em relação à sagrada (Profano, do latim pro (diante de ) e fanum (espaço sagrado).
Em cada religião o transcendente expressa-se sob diversas formas e assume diversas figuras: Deus, deuses, anjos, espíritos, etc.
Moral Religiosa
As comunidades religiosas são igualmente comunidades morais, isto é, os seus membros partilham as mesmas normas de conduta, assumem os mesmos modelos de vida e evitam praticar aquilo que a religião condena. A salvação individual ou colectiva está dependente do cumprimento da lei divina. A moral é outro aspecto revelador da influência social da religião, nomeadamente como um poderoso meio de controlo social através da difusão das suas normas de conduta moral.
Religião e Sociedade
As principais religiões estão profundamente ligadas à sociedades onde estão implantadas.
Em algumas sociedades, a religião assume tais proporções que o Estado se tornou a expressão directa da