Religião e fecundidade entre adolescentes no Brasil Thaís Rabelo Masseo

SEMINÁRIO DE PESQUISA EM ECONOMIA – 2015/1
Profª Márcia Siqueira Rapini
Thaís Rabelo Masseo
2011073396
Religião e fecundidade entre adolescentes no Brasil
Ana Paula de Andrade Verona e Cláudio Santiago Dias Júnior
O problema da ocorrência de gravidezes em idade precoce (15 a 19 anos) é uma condição antiga no Brasil. A caracterização desse aspecto como um problema se dá devido às grandes correlações com abandono do ensino e/ou do mercado de trabalho, bem como os riscos envolvidos na gestação e o impacto na criação da criança. Foi identificada uma associação entre o comportamento sexual e a religião, atribuída fortemente às normas e ensinamentos religiosos sobre a conduta esperada dentro de dada religião. Nesse artigo os autores se propõe a analisar a relação entre a fecundidade e a religião, como forma de prevenir ou evitar casos de gravidez precoce.
Os autores iniciam o artigo oferecendo uma análise da esfera religiosa brasileira, que apresenta um grande crescimento da igreja pentecostal entre a população. Destacam os mecanismos adotados pela igreja como forma de controle das escolhas dos adolescentes, especialmente no que tange a vida sexual. Demonstram que a igreja intervém ativamente na vida dos adolescentes por meio de pregações, oferecendo punições para aqueles que não seguem os rituais ditados pela instituição – no caso, a prática apenas depois do casamento.
Para a análise foram utilizados dados transversais da PNDS 1996 e 2006, considerando adolescentes e jovens adultas (entre 15 e 24 anos), eliminando os dados daquelas que tiveram o primeiro filho após a primeira união, informal ou não. Destaca-se que a PNDS considera seis categorias religiosas, que foram reagrupadas em Catolicismo, Protestantismo e Outras Religiões, com uma variável para aqueles que afirmaram não ter filiação religiosa. A variável de frequência aos cultos e missas foram agrupadas em quatro categorias: que frequentam no mínimo semanalmente, menos de uma vez por semana, menos de uma vez por