Relatório do campo de geomorfologia costeira
Entre os dias 8, 9, 10 e 11 de Novembro de 2011 foi realizado um trabalho de campo pela disciplina de Geomorfologia Costeira no município de Campos dos Goytacazes. Foram analisadas diversas feições geomorfológicas, compostas por um conjunto de relevos de diferentes idades geológicas: desde mais antigos, Pré cambriano (os escudos cristalinos) até o quaternário mais recente, Holoceno, período que marca a linha da costa atualmente. Conjuntos de relevos estes relacionados entre si e moldados principalmente pelas ações geológicas, climáticas de cada período e, mais recentemente, humanas.
A primeira parada se deu em Carapebús, na área da borda leste do continente sul-americano. Esta área foi originada na separação entre o continente africano e sul-americano, sendo, neste processo de separação, soerguida parte do continente sul-americano, constituindo o Planalto Brasileiro. Entretanto, é importante salientar que tal soerguimento não ocorreu de forma homogênea, ocasionando falhas e um exemplo desta falha é o Graben entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, no qual se encontra o vale do Rio Paraíba do Sul.
Neste local, há feições de relevo do período terciário, período este de clima seco, com chuvas torrenciais que trazem para o terreno mais baixo os sedimentos, formando rampas em direção ao mar. Já no período quaternário, ocorre alteração das condições climáticas, o que acarreta na mudança do nível do mar, características climáticas estas que transformaram uma parte da Serra do Mar numa superfície de erosão e mais a frente permitiram a construção de rampas de colúvio, com a deposição sedimentar desta. As feições atuais, decorrentes do clima úmido, tendem a serem arredondadas. A interferência humana se deu pela apropriação do terreno para atividades agrícolas, com o cultivo da cana-de-açúcar, sendo esta atividade possibilitada graças a presença de uma grande planície fluvial, que traz