Relatório de aula prática - Determinação de ácido hipúrico na urina.
7º Período
Manhã
Grupo II
TOXICOLOGIA E ANÁLISES TOXICOLÓGICAS: Relatório de aula prática - Determinação de ácido hipúrico na urina.
Belo Horizonte
2012
1 INTRODUÇÃO
Os compostos orgânicos aromáticos tolueno, xileno e estireno apresentam ampla aplicabilidade em diversos segmentos industriais, tais como a produção de componentes para indústrias de tintas, plásticos, farmacêutica, pesticidas, borracha e de preparações comerciais diversas. A exposição a estes agentes químicos pode levar a diversos efeitos tóxicos importantes, sendo recomendado o monitoramento biológico dos indivíduos expostos ocupacionalmente. Usualmente, a avaliação da exposição é realizada através da determinação quantitativa de seus metabólitos excretados na urina, a qual apresenta uma boa relação com o nível de exposição (ANTUNES et al,2008).
As principais fontes de exposição ocupacional ao tolueno decorrem do seu uso como solvente para óleos, borracha natural e sintética, resinas, carvão, como diluente para tintas e como matéria-prima para a síntese orgânica de outros compostos nas indústrias química, plástica, de fibras sintéticas, entre outras.11 Sua principal ação tóxica ocorre no sistema nervoso central, sendo bem conhecida sua neurotoxicidade. Em exposições crônicas induz, ainda, hepatotoxicidade e nefrotoxicidade. O ácido hipúrico urinário é proposto como
IBE para a avaliação ocupacional a este solvente, porém, é um metabólito normalmente presente no organismo humano, em indivíduos não ocupacionalmente expostos ao tolueno. Pois, o ácido benzóico utilizado em muitos alimentos como conservante também é biotransformado em ácido hipúrico, existindo valores de referência estabelecidos para este IBE (BULCÃO et al. 2008).
Os produtos metabólicos do tolueno são o cresol (menos de 1%) e o metabólito intermediário benzaldeído. O benzaldeído é metabolizado a ácido benzóico o qual se conjuga com a glicina e forma o ácido hipúrico. Em humanos,