estágio

“FAZER FILOSOFIA COMO FORMA DE SUPERAÇÃO DO
VAZIO DO PENSAMENTO”
Mauricio Inácio dos Santos1

Fazer filosofia. Podem estranhar a impostação. Podem dizer: nosso problema maior é feijão com arroz, é o leite das crianças, é moradia. Muito bem.
Alimentação é necessidade vital de um povo. Não menor, é a necessidade de educar um povo.
Educar não é principalmente ensinar a ler e escrever, muito menos aprender a escrever o nome para fins eleitorais. Educar é fundamentalmente ensinar a pensar, a julgar, a emitir juízos críticos sobre sua realidade. Educar é refletir, é ensinar a adquirir postura consciente diante da realidade social e pessoal. Neste sentido, um analfabeto pode ser mais "educado" que um erudito. E como há doutor analfabeto! Educação é questão de idéias e de valores. Um povo é tão grande quanto suas idéias e os valores por eles cultivados e vividos.
A educação nacional está falida por falta de verba - uma fatia irrisória do orçamento do País – se pensarmos no que se recolhe de impostos e taxas. Está muito mais falida por que abdicou do pensar e porque os valores vividos por nosso povo são, antes antivalores. O pensamento esvaziou-se, porque os destinos da nação vêm sendo decididos entre quatro paredes refrigeradas sem a participação do povo e sem a intervenção das idéias dos que ainda pensam no país e impostos sob forma de "pacotes e modismos".

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Prof. Mauricio é professor da Escola Estadual Maria Rita Lisboa Santoro e da

FAEESLA-UNIPA/LAMBARI. (O artigo “FAZER FILOSOFIA COMO FORMA DE SUPERAÇÃO DO
VAZIO DO PENSAMENTO”, foi uma contribuição para o encontro de professores de filosofia para
Ensino Médio, jornal de divulgação e posteriormente publicado nos anais do encontro edição de março de 2007, p. 16 a 18.)

A educação está falida também porque os valores vividos por nosso povo são os "enlatados" impingidos à população pelos meios de comunicação, geralmente a televisão, babas eletrônicas da atualidade. Nossos valores