Relatorio Quimica
A Bacia do Acre, do tipo IS (Kingston et al. 1983), está situada no setor brasileiro da Bacia Marañon–Ucayali–Acre, cuja área total é de 905.000 km2 Esta bacia integra o sistema de Bacias de Antepaís Retroarco, da Cordilheira dos Andes. A Bacia do Acre é a parte mais distal da cunha sedimentar cuja idade compreende o intervalo do Cretáceo ao Plioceno (Feijó e Souza, 1994), preenchendo o domínio de antepaís da Bacia Marañon–Ucayali–Acre. Sua estrutura consiste-se do conjunto de falhas reversas de direção norte–sul, da qual a mais importante é a Falha Batã, que marca a terminação oriental da seqüência sedimentar paleozóico-jurássica que se estende desde os Andes (Milani e Thomaz Filho, 2000). O seu limite oriental com a Bacia do Solimões é o Arco de Iquitos (Fig. II.1). Os 6.000 m de rochas sedimentares da Bacia do Acre (Milani e Thomaz Filho, 2000) estão distribuídos em quatro superseqüências: carbonífero-permiana, jurássica, cretácea e terciária (Feijó e Souza, 1994). Superseqüências correspondem a ciclos de segunda ordem, com duração entre 3 e 50 m (Emery e Myers, 1996) que, de acordo com esses autores, podem ser causados por mudanças na taxa de subsidência da bacia ou na taxa de soerguimento da área-fonte das rochas sedimentares que a preenchem. A superseqüência carbonífero-permiana compreende as formações Apuí, composta de conglomerados formando cunha clástica, Cruzeiro do Sul, contendo carbonatos e evaporitos, e Rio do Moura, arenitos. Feijó e Souza (1994) interpretam o ambiente de sedimentação dessas formações como inicialmente aluvial, passando a nerítico. A Superseqüência Jurássica é inteiramente composta pela Formação Juruá-Mirim, que contém arenitos e red beds, intercalados com evaporitos e derrames de basalto, depositados em ambiente continental. Diversas formações compõem a superseqüência cretácea: Moa, Rio Azul, Divisor e Ramón, compostas por arenitos, folhelhos e calcarenitos, depositados em ambiente