Relat rio filme Tarja Branca 3
O documentário Tarja Branca- A Revolução Que Faltava, lançado em 2013, direção de Cacau Rhoden, trata do ato de brincar, e o próprio nome me chamou muito atenção, pude fazer uma analogia entre a medicalização infantil representado pelo tarja preta e o ato lúdico, a felicidade em brincar como tarja branca. Tive a certeza dessa interpretação, pois em certo momento do filme a brincadeira é definida como santo remédio. Tarja branca pode ser considerado um manifesto sobre o brincar e o quanto esse ato foi deixado para trás pela sociedade contemporânea. Entende-se que foi deixado, pois a sociedade também sofreu profundas alterações, exemplo são as grandes cidades em que brincar na rua é considerado perigoso, os adultos tornaram-se seres não-brincantes ou pelo dia a dia maçante ou a essência infantil se perdeu. Existem também aquelas crianças que não teem o direito ao ócio porque os pais lhe enchem de tarefas, como também as que não tiveram infância, pois desde cedo tiveram que trabalhar devido à baixa condição social (trabalho infantil).
Entre os depoentes há psicanalista, pesquisadoras, professores (as), escritor, artesão, palhaço, músicos, jornalista e todos enfatizam que brincar é construir a vida, o lúdico é criação, vem da alma e por isso é pureza. No entanto é extremamente sério, compõe um ciclo de construção mental e psíquica, ajuda no equilíbrio, no aprendizado e na expressão social.
A meu ver, os relatos foram muito emocionantes, me identifiquei em vários momentos e pude fazer reflexões acerca de jamais deixar a criança que existe em mim se apagar. Como futura pedagoga, compreendo também que a língua universal infantil é o brincar.