Relat Rio 1
Arquiteto: Elisiário Antonio da Cunha Bahiana
Obra: Viaduto do Chá
Ficha de Identificação – O Arquiteto e a Obra
Elisiário Antônio da Cunha Bahiana (Rio de Janeiro RJ 1891 - São Paulo SP 1980) tinha duas opções de carreira: ser oficial da Marinha, seguindo uma tradição familiar materna, ou dedicar-se ao projeto e construção de edificações, como parte da família paterna. Seu pai, Henrique Oscar da Cunha Bahiana, formou-se arquiteto pela Escola de Belas Artes de Paris, foi professor da Escola Nacional de Belas Artes, RJ, e teve quatro filhos, sendo Elisiário Antonio o primogênito. Pelo lado materno, era neto de almirante e ministro da Marinha.
Opta pela Arquitetura e em 1908 ingressa na Escola Nacional de Belas Artes - Enba do Rio de Janeiro. Em 1911 interrompe os estudos para trabalhar com seu primo, o oficial da Marinha Elisário Pereira Pinto, para quem projeta as 24 casas e o parque central - a Vila Montevidéu, no Flamengo. No ano seguinte é contratado pela Diretoria de Obras Hidráulicas e Construção Civil do Arsenal Marinho, onde permanece até 1916, quando é nomeado desenhista da Estrada de Ferro Itapura-Corumbá.
No mesmo ano, casa-se com Aída de Castro, com quem viria a ter os filhos Vera Maria e Carlos Henrique, este também arquiteto. Em 1918 retoma os estudos na Enba e em 1920 se forma recebendo a Grande Medalha de Prata por ter se destacado como um dos melhores alunos. No período que compreende os anos de 1920 e 1927 trabalha no Rio de Janeiro com os arquitetos Enoch da Rocha Lima, Mário dos Santos Maia com quem participa de concurso para a Exposição do Centenário e realiza projetos, alguns publicados em revistas de arquitetura. O grande destaque de sua produção no período é o projeto, com Joseph Gire, para o edifício do jornal “A Noite”. Localizado na Praça Mauá, no Centro do Rio de Janeiro, o prédio constituiu-se no primeiro arranha-céu carioca em estrutura de concreto armado, disputando, com o Martinelli de São Paulo, o título de maior