Reinos Germanicos
Desde sempre a ameaça das invasões foi um problema para o Império Romano. Em 406, a fronteira estabelecida no Reno foi conquistada e ao longo do século V os Visigodos, os Vândalos, os Ostrogodos, os Burgúndios e os Francos constituíram os Reinos Germânicos, que estabeleceram as suas posições através da conquista de territórios que fizeram parte do decadente Império Romano.
Com esta movimentação de povos e de conquistas, o Império Romano do Ocidente acabou por entrar em colapso, o que constituiu um dos factos mais importantes da história europeia. Após o estabelecimento dos povos bárbaros em locais que antes pertenciam ao Império Romano, deu-se uma rápida fusão de elementos germânicos e de elementos romanos que deu rosto e características muito particulares às nações que nasceriam ulteriormente na Europa Ocidental. A infiltração de povos germânicos desde os primeiros séculos da nossa era foi lenta, pacífica e demonstrou-se eficaz, pois desde os tempos do Imperador Marco Aurélio (161/181) que a sua pressão já se fazia sentir no Reno e no Danúbio. Aos vários grupos de bárbaros eram atribuídas terras incultas e tornavam-nos seus aliados aos quais chamavam feoderati. São estes homens que constituirão em grande parte o número elevado de mercenários do Exército romano, incluindo cargos de chefia, quando este entrou em decadência, resultando numa quase total germanização da instituição. Deste modo, ao longo dos tempos, vão-se instalando aos poucos na Europa. Ainda ao longo do século IV, durante o Governo de Diocleciano e Constantino, procedem a tentativas para travar o avanço dos povos germânicos. A situação tornou-se insustentável com a ofensiva dos Hunos (c. 375) sobre os povos germânicos, que se viram na necessidade de fugir. Desta forma, os Visigóticos ultrapassaram a fronteira do Danúbio e fixaram-se nos Balcãs e na Grécia; os Alanos, os Suevos e os Vândalos passaram além do Reno (406) e procuraram refúgio na Gália e na Hispânia. Os Vândalos