Reidavela

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Campus Nilópolis
Curso Superior Bacharelo em Produção Cultural
Docente: Ana Luísa
Discentes: Bárbara Azevedo, Daniel Barros, Joseph Andrade, Nathaly Avelino, Philip Moreira, Raphaela Machado, Sabrina Veloso, Sluchem Cherem, Talita Magar e Thamires Trianon.

O Rei da Vela

Em 1937 é criado, no governo Vargas, o Serviço Nacional de Teatro (SNT), órgão subordinado ao Ministério da Educação e de Saúde Pública que objetivava a “elevação e edificação espiritual do povo” através das artes cênicas. O teatro deveria ter um papel pedagógico e contribuir na difusão da cultura nacional. A criação deste órgão se insere na construção de políticas culturais promovido pelo governo Vargas.
Três companhias oficiais de teatro no Brasil são criadas pelo SNT. A Comédia Brasileira é a primeira e adotava os padrões mais antigos do teatro comercial, reproduzindo o conservadorismo do Governo Vargas, não realizando nenhuma peça marcante, a Companhia Dramática Nacional é a segunda companhia criada, dura apenas dois anos e o Teatro Nacional de comédia é a terceira e última companhia oficial patrocinada pelo Serviço Nacional de teatro, tendo a interferência do próprio SNT atrapalhado na evolução da companhia que realiza apenas duas montagens importantes.
Neste contexto nasce em 1958 no Centro Acadêmico 11 de Agosto, o movimento a oficina, com a intenção de fazer um novo teatro, distante do aburguesamento do Teatro Brasileiro de Comédia, ganhando destaque com a montagem da peça “O Rei da Vela” que catalisa o movimento tropicalista e ficou consagrada como um dos emblemas mais importantes da resistência cultural à ditadura militar.
O Rei da vela é uma das peças que marca o início do Modernismo no teatro brasileiro. Escrita em 1933 por Oswald de Andrade, reclamava por uma revolução social e compõe, juntamente com as obras O homem e o cavalo (1934) e A morta (1937) a Trilogia da Devoração do teatro antropofágico de Oswald de