Regulação da Pressão Arterial a Longo Prazo
Karoline Abreu - M3, 2014.2 [Faculdade de Medicina UFRJ]
Professora: Débora Faffe
Na regulação a curto prazo, vimos principalmente o sistema nervoso autônomo
(SNA) atuando nos vasos sanguíneos e no coração: no caso dos vasos, vasodilatação ou vasoconstrição, no caso do coração, aumentando frequência e aumentando força.
Já na regulação a longo prazo mexemos em outro ponto do sistema: no volume.
Eu já lancei mão de abrir e fechar periferia, aumentar força e frequência, então, a longo prazo vamos mexer no volume. E quem controla o volume? Os rins. Então vamos ter o sistema rim-líquidos corporais: cada vez que aumentamos o volume, aumentamos o débito urinário e vice-versa.
Características diferentes:
No controle a curto prazo, a ação é extremamente rápida, mas perde a eficiência, ela se adapta. O sistema ativa, responde e para de responder, ele sofre adaptação. No controle em longo prazo, a ação demora um pouco mais para ocorrer, porém a eficiência só aumenta, ele não sofre adaptação. Enquanto houver aumento de volume, o rim vai aumentar a excreção.
Portanto, sempre que aumentamos o líquido extracelular, isso leva a um aumento de volemia e a um aumento de pressão arterial. O rim percebe isso e aumenta a excreção de líquido, reduzindo a volemia e reduzindo a pressão arterial. A resposta é extremamente simples.
Em uma curva de função renal, que mostra a diurese e a natriurese, percebemos que quanto maior a pressão arterial, maior é o débito urinário, maior é a perda de volume pelos rins. O SISTEMA NÃO SATURA! É o que chamamos de sistema de ganho infinito. Essa perda é de água e de sal, por isso se chama diurese e natriurese de pressão.
Portanto, sempre que houver aumento de pressão, aumenta a excreção de sal e água e, sempre que houver diminuição da pressão, diminui a excreção de sal e água.
Quando estivermos manipulando um doente em estado crítico, temos que sempre ficar de olho nesses