Reforma Universitária 1968
Em 1968 os Estados Unidos estavam mergulhados na guerra no Vietnã e se agitaram com o assassinato do líder negro Martin Luther King Jr. A Europa entrou no furacão das revoltas estudantis. E o Brasil, com o endurecimento do regime militar, entrou numa fase de censura política e dura repressão policial.
Primavera de Praga
O ano de 1968 foi de muitas perdas na história mundial, mas foi também um período de conquistas sociais importantes que ecoam até os dias de hoje, como a igualdade de direitos civis, a liberação sexual, o reconhecimento das lutas dos estudantes e da diversidade cultural.
O clima de agitação mundial se estendeu por todo o ano de 1968, mas foi especialmente no mês de maio daquele ano que as revoltas foram sentidas com mais força e transmitidas de um país a outro pelos meios de comunicação de massa -principalmente a televisão.
Estudante presa em Ibiúna durante reunião da UNE
As barricadas de maio
Vietnã e os EUA
Nos Estados Unidos, a opinião pública passou a rejeitar a guerra do Vietnã após ficar chocada com as imagens que a TV mostrava da ofensiva do Tet, momento em que os vietcongs atacaram tropas americanas, a partir de janeiro. A morte de Martin Luther King também gerou revoltas das comunidades negras.
Foto considerada como marco na virada da opinião pública americana em relação a guerra.
A rebelião no Brasil
Três meses antes de ocorrer o levante dos estudantes parisienses, no Rio de Janeiro em 28 de março de 1968, um secundarista carioca chamado Edson Luís foi morto numa operação policial de repressão a um protesto em frente ao restaurante universitário “Calabouço”. Deu-se uma comoção nacional. O enterro fez-se acompanhar por uma multidão de 50 mil pessoas, estando presentes inúmeros intelectuais e artistas.
A partir daquele momento o Brasil entraria nos dez meses mais tensos e convulsionados da sua história do após-guerra. A