Reflexão Prefácio e Posfácio do livro O queijo e os vermes.
967 palavras
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Na obra O queijo e os vermes de Carlo Ginzburg uma das coisas que me chamou a atenção é o fato de o livro ter sido escrito para qualquer publico ou seja, para todos aqueles que se interessam por literatura, por se tratar de uma obra histórica, atinge e tem como público o historiador e o leitor comum. Produzir obras que tem esse recurso de chegar as leitor comum é de grande importância quando se é historiador, ou deveria ser, uma vez que a história escrita e produzida precisa ser conhecida de todas as pessoas, este talvez seja uma forma de conscientização histórica que mais falta nos textos e obras produzidas por historiadores no decorrer dos tempos, afinal uma leitura didática é de extrema importância para causar no leitor curiosidade e procura pelo assunto. Essas formas literárias de escrever historia talvez seja um instrumento de chegar de forma mais fácil e acessível ao leitor comum, e quebrar normas de escritas tão maçantes e intelectualizadas, que faz com que o leitor se afaste de textos históricos.
O aprofundamento e estudo de Ginzburg que se deu por acaso, é interessante, pois como ele mesmo relata, o objetivo de sua pesquisa era outro e acabou consequentemente o levando a obra O queijo e os vermes, de documentos ao qual o autor se deparou em uma pesquisa. Depoimentos esse sobre um moleiro camponês, e que foi levado a júri da Inquisição. O moleiro Menocchio ao qual é protagonista da obra, era um camponês comum, mais que sabia ler e escrever, lia livros da época, e acabou soltando suas ideias para pessoas próximas a sua vizinhança e que acabaram por chegar aos inquisidores, que o acusaram de herege até condená-lo à morte.
Menocchio teve a sua disposição dois eventos favoráveis para que pudesse levantar a voz e formar suas ideias. A imprensa e a Reforma, “a imprensa lhe permitiu confrontar os livros com a tradição oral em que havia crescido e lhe forneceu as palavras para organizar o amontoado de ideias e fantasias que nele conviviam”, e a “Reforma lhe deu