reflexão envelhicimento ativo

Solicitou-se a elaboração de uma reflexão no âmbito do Ensino Clínico: Saúde Familiar, do curso de Licenciatura em Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Nesta reflexão pretendo abordar o envelhecimento ativo, na medida em que próprio conceito urge cada vez mais na sociedade, não só pelo crescente envelhecimento a que se tem assistido, mas também pelas situações precárias e de falta de saúde que acometem esta população em específico. Será referenciado, primeiramente, como é visto o envelhecimento numa perspetiva demográfica, não patológica e patológica, e por fim o que define o conceito de envelhecimento ativo e que intervenções do foro de enfermagem poderão ser realizadas. Em Portugal, não só se tem assistido a um aumento relevante da esperança média de vida, como, em contraste, a taxa de natalidade é uma das mais baixas da Europa (Ribeiro & Paul, 2012). Este fenómeno do duplo envelhecimento da população remete-nos para o facto de, em 2011, Portugal apresentar cerca de 15% da população no grupo etário mais jovem (0-14 anos) e cerca de 19% da população ter 65 ou mais anos de idade (Censos, 2011). Como é facilmente constatável, na terceira idade ocorrem transformações ao nível dos papéis sociais, exigindo a adaptação do idoso face às novas condições de vida (Figueiredo, 2007). Relativamente a um estudo que inquiriu mil portugueses a partir dos 50 anos, a percentagem de portugueses que investem minimamente em atividades que promovem o envelhecimento ativo é da ordem de 30%, avançou à agência Lusa Manuel Villaverde Cabral, do Instituto de Ciências Sociais, coordenador do estudo (Jornal Destak, 2013). Desta forma torna-se primordial compreender que tipo de intervenções são passíveis de se realizar e que cuidados primários se poderão estabelecer com a população envelhecida. Pretende-se promover um processo de desenvolvimento pessoal e profissional, centrado na autoaprendizagem, autorresponsabilização e pensamento crítico em enfermagem